E se as linhas retas ganhassem vida e se revelassem sinuosas e até mesmo monstruosas? Esse é o clima, um tanto soturno, do poema “Fosse sorriso, dalinhareta”, tema do episódio 10, que já está no ar.

O Volteio é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

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FOSSE SORRISO, DALINHARETA

PARTE 1
temperados os cruzeiros dalinhareta
as sinuosidades untadas dalinhareta
por dentro dos arremedos-mármores
os cios estreitos em

caneluras (hahaha)

os paraquedas dalinhareta
linhaALINHA

PARTE 2
primeiro amor segundo: não vem à memória-girassol

pra isso
aprendemos
a contar
até
o infinito
mais
próximo

PARTE 3
as cambalhotas-estrelinhas dalinhareta dois e dois
o jogo de corpo dalinhareta
a medalha de honra ao mérito dalinhareta
as paralelas no infinito-do-lálálá
platonismo anormal dalinhareta
as carnes sonhando maçãs dalinhareta
as guilhotinas dalinhareta a regras do nh
a possibilidade tão linha de que não seccione nada
como blocos de pedras sem Davi adentro
como blocos de pedras sem

PARTE 4
as parábolas lentas dalinhareta
rogando
as
viagens do homem-bala sob o circo de muque