Episódio 11

Construir uma relação objetiva com o mundo nos dá segurança, mas existem inúmeras situações da vida que ultrapassam o território da objetividade, e a poesia é uma forma de lidar com esse transbordamento. A metáfora cumpre um papel importante nesse processo. No episódio de hoje, que tem a participação de Raiça Bomfim, @felipendspoeta vai explicar como “a metáfora desregula o modo previsível da linguagem, mas também do espaço do mundo”. Bonito demais, né não? Tem mais. Além de ouvir o poema que nossa convidada escreveu a partir do ponto de vista de um objeto misterioso que tem um valor afetivo para ela, você também pode conferir qual é a ferramenta poética da vez: a intertextualidade.

O Volteio é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

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Confira o poema de Raiça Bomfim:

quando você vier
eu estarei aqui
lhe dizendo sim
se achegue, aconchegue
me abrace, me amasse
derrame seu corpo
em mim
solte seu peso
que eu lhe recebo
amorteço sua queda
me acomodo entre
suas pernas
lhe esquento, acalento
lhe acolho, lhe envolvo
lhe dou meu conforto
pra você sonhar

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